Precisamos continuar o debate para garantir a lógica da vida e não a lógica do lucro
Escrito por: Maria Aparecida Faria, presidente da CNTSS
A 14º Conferência Nacional de Saúde, assim como a VIII Conferência Nacional de Assistência Social, foram espaços de participação e articulação social na elaboração, discussão e aprovação de propostas que se tornaram Deliberações para essas duas importantes políticas públicas SUS – Sistema Único de Saúde e SUAS – Sistema Único de Assistência Social, desde as etapas municipais, estaduais, chegando finalmente às nacionais. A organização e participação do conjunto da sociedade à partir dos municípios com representações que chegam até a nacional, destas e das demais Conferências, vem consolidando a construção em curso no país da democracia participativa.
A CNTSS/CUT, entidade orgânica da CUT-Central Única dos Trabalhadores, desde sua fundação, vem seguindo dentro dos princípios Cutistas da defesa das Políticas Públicas e Sociais que venham garantir o direito pleno à cidadania (emprego, salário, moradia, transporte, saúde, educação, lazer, cultura, etc.) construindo na prática o que escrevemos em nossa Constituição Federal, junto com a classe trabalhadora.
A nossa posição tem sido pautada na aliança histórica entre trabalhadores e a sociedade civil, os “usuários” destas políticas.
A CNTSS sempre defendeu, e defende, a gestão e a gerência pública do SUS por entender que esta é uma política de responsabilidade do Estado Brasileiro, na sua gestão , gerência e execução como preconiza nossa constituição – direitos de todos , dever do Estado.
Estamos na luta pela sensibilização do Governo, Executivo e Legislativo para que promovam as reformas necessárias para melhorarem o financiamento da saúde, tendo em vista que os recursos advindos da regulamentação da EC 29 não serão suficientes. Sabemos dos problemas enfrentados pelo SUS, principalmente no que se refere a questões mais específicas da saúde. Problemas esses que trazem consequencias tanto para aqueles que estão sendo “atendidos” como para aqueles que “atendem”.
Por isso é preciso que gestores, trabalhadores e sociedade debatam e encontrem proposta de gestão, gerenciamento e financiamento público para saúde, numa concepção que não seja empresarial, cujo “gasto” pressupõe um lucro financeiro, mas sim, na concepção de um Estado, cujo lucro do investimento seja pela vida, vida essa que não tem preço.
A Resolução da CUT em reunião nos dias 08 e 09 de dezembro corrente, vem reafirmar nossa posição e coerência durante a 14º Conferência Nacional de Saúde.
As deliberações da 14º Conferência Nacional de Saúde refletem que está posição é a do conjunto da sociedade brasileira, portanto é esta a posição dos trabalhadores da seguridade social , legitimada pela sua confederação – CNTSS/CUT.
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