TRÉGUA-DECISÃO CAUTELOSA...PARABÉNS!
Enfermeiros do PSF de AL decidem esperar mais uma semana por reajuste salarial
21:15 - 21/11/2011 Josenildo Törres
Assembleia da categoria aconteceu no auditório da Escola de Enfermagem Valéria Hora
Os 750 enfermeiros que atuam no Programa Saúde da Família (PSF) em Alagoas – com exceção de Girau do Ponciano e Coruripe – decidiram que até o próximo dia 28 não irão deflagrar greve por reajuste nos salários. A decisão foi tomada na noite desta segunda-feira (21), durante assembleia realizada na Escola de Enfermagem Valéria Hora, no Centro de Maceió.
A trégua, segundo a presidente do sindicato da categoria, Renilda Barreto, se deve à abertura de negociação com a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA). Renilda disse que a direção da AMA prometeu realizar uma reunião até a próxima semana para examinar a questão.
“Vamos dar mais este voto de confiança à AMA e esperar que seja convocada uma reunião para que negociemos um reajuste salarial para os enfermeiros do PSF de Alagoas. Queremos um piso salarial de R$ 10.240, já que atualmente os vencimentos variam de R$ 1.900 a R$ 5.000, o que é insuficiente”, frisou Renilda Barreto. Ela destacou os avanços que a categoria vem alcançando, a exemplo da sessão pública realizada nesta segunda-feira, na Assembleia Legislativa do Estado (ALE), onde o problema foi discutido.
Mas a presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Alagoas admite que existem municípios que não têm condições de pagar o piso reivindicado pela categoria, já que sobrevivem, exclusivamente, do repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
“Sabemos que esses municípios ainda podem recorrer ao Estado para obter ajuda financeira. O que não se concebe é que tenhamos um salário tão defasado e disparidades tão grandes como acontece em Alagoas”, salientou a presidente do sindicato.
Constatação
Esta é a realidade vivida pela enfermeira Micheline Marques, que trabalha no PFS de Satuba. Lá, o salário é de R$ 2.600, o terceiro menor de Alagoas. Enquanto isso, no município de Pilar, os enfermeiros recebem mensalmente R$ 5.900 para trabalhar 40 horas semanais.
“É desanimador saber que faço o mesmo trabalho que um colega de Pilar, mas recebo menos da metade que ele. A justificativa é de que o município de Satuba tem uma arrecadação inferior, mas o atendimento de saúde deve ser prestado de forma igualitária, enquanto os nossos salários não são depositados nesta mesma proporção”, pontou.
Números
Segundo o Ministério da Saúde (MS), a cobertura do PSF em Alagoas é de 71%. Situação crítica é verificada em Maceió, onde apenas 28% da população é assistida, enquanto em Aracaju o índice é de R$ 80%.
21:15 - 21/11/2011 Josenildo Törres
Assembleia da categoria aconteceu no auditório da Escola de Enfermagem Valéria Hora
Os 750 enfermeiros que atuam no Programa Saúde da Família (PSF) em Alagoas – com exceção de Girau do Ponciano e Coruripe – decidiram que até o próximo dia 28 não irão deflagrar greve por reajuste nos salários. A decisão foi tomada na noite desta segunda-feira (21), durante assembleia realizada na Escola de Enfermagem Valéria Hora, no Centro de Maceió.
A trégua, segundo a presidente do sindicato da categoria, Renilda Barreto, se deve à abertura de negociação com a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA). Renilda disse que a direção da AMA prometeu realizar uma reunião até a próxima semana para examinar a questão.
“Vamos dar mais este voto de confiança à AMA e esperar que seja convocada uma reunião para que negociemos um reajuste salarial para os enfermeiros do PSF de Alagoas. Queremos um piso salarial de R$ 10.240, já que atualmente os vencimentos variam de R$ 1.900 a R$ 5.000, o que é insuficiente”, frisou Renilda Barreto. Ela destacou os avanços que a categoria vem alcançando, a exemplo da sessão pública realizada nesta segunda-feira, na Assembleia Legislativa do Estado (ALE), onde o problema foi discutido.
Mas a presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Alagoas admite que existem municípios que não têm condições de pagar o piso reivindicado pela categoria, já que sobrevivem, exclusivamente, do repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
“Sabemos que esses municípios ainda podem recorrer ao Estado para obter ajuda financeira. O que não se concebe é que tenhamos um salário tão defasado e disparidades tão grandes como acontece em Alagoas”, salientou a presidente do sindicato.
Constatação
Esta é a realidade vivida pela enfermeira Micheline Marques, que trabalha no PFS de Satuba. Lá, o salário é de R$ 2.600, o terceiro menor de Alagoas. Enquanto isso, no município de Pilar, os enfermeiros recebem mensalmente R$ 5.900 para trabalhar 40 horas semanais.
“É desanimador saber que faço o mesmo trabalho que um colega de Pilar, mas recebo menos da metade que ele. A justificativa é de que o município de Satuba tem uma arrecadação inferior, mas o atendimento de saúde deve ser prestado de forma igualitária, enquanto os nossos salários não são depositados nesta mesma proporção”, pontou.
Números
Segundo o Ministério da Saúde (MS), a cobertura do PSF em Alagoas é de 71%. Situação crítica é verificada em Maceió, onde apenas 28% da população é assistida, enquanto em Aracaju o índice é de R$ 80%.
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